terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Estou vendo estrelas!



Posso ter falado aqui que estudo sobre o espaço, mas provavelmente não mencionei sobre aqueles que me acompanham nessa odisséia quixotesca já há um ano. Lidamos com o infinito que possa caber em um ano. Astronomia? Astrologia? Astrofísica? Física quântica? Praticamente! O céu não é limite para as coisas que vamos contar nesse universo de possibilidades chamado HISTORIOGRAFIA. Não é não tenhamos limites... só o que temos... Mas aprender a voar nesse sublunar com as asas podadas faz parte do show!
O inventado nordeste é vivido e sentido todos os dias desse primeiro ano juntos; Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte... Todos juntos sem fazer voz uníssona nenhuma! Mesmo se fecho os olhos, poderia reconhecer cada sotaque, cada gargalhada, cada vício de linguagem e até seus silêncios... (Como houve irritantes silêncios entre esses tais que teorizam sobre espaços bem mais do que o experimentam).
E quantas variadas questões, quantos variados espaços são esses nossos... o sagrado, o viking, o patrimonial, monumental, o nacional, o boêmio, o egípcio, o espanhol, o quilombola, o toponímico, o masculino, o terrorista, o biográfico, o cotidiano, o da memória, o artístico, o escolar, o didático, o escravocrata, o urbano, o migrante... Tenho amigos de todos os cantos e de todos os espaços!!! =)
E juntos, nós fichamos, resenhamos, discutimos, conversamos, tramamos, confabulamos, tomamos café, editamos, viajamos, brigamos, aturamos, relevamos perdoamos e como nos amamos nesses tempos! Cansamos de tudo isso, mas não descansamos antes de cansarmos mais ainda... Foi aí que percebi que via estrelas.
Será isso um sintoma de estafa??? Algum médico desavisado poderia concluir que sim (eu não lhe daria crédito, já que aqueles que não são humanistas nem sempre vêm as coisas como nós!).
Seria algum transe psicodélico que tantas leituras e reflexões sobre lunáticos, filósofos, sociólogos e historiadores possa vir a provocar em uma frágil cabeça loira de porcelana? ...Essa certamente seria a hipótese mais aceita por alguns pais, mães, amigos, conhecidos e, inclusive, alguns desconhecidos nossos, mas não! Não é isso!!!
Falo sobre as estrelas.
Aquelas que iluminam, que encantam, que cativam, que brilham diante de nossos olhos apesar da pequenez ou da sua grandeza, que se destacam pela constelação que formam fraternalmente (às vezes nem tanto)... Falo da luz que só pode ser vista por estarem em meio à escuridão, por se entre olharem ligeiramente afastadas, mas sempre serão, para mim (que tenho a mania de só lembrar do era bom) uma combinação de astros.
Estrelas que estavam acesas antes de chegar a Natal... (Curiosos chamar de estrelas estes que apareceram numa cidade chamada assim...) Que brilharam na sala da justiça, nos seus modestos protestos de boicote, nas suas eventuais visitas ao Thomas, na “nossa sala”, nos corredores do Setor II e do CCHLA, no CFCH, na revista...
Se o meu amor [Durval] há de escrever a ‘história da saudade’, nada mais óbvio que eu venha aqui revelar que é exatamente isso que irei sentir quando olhar estrelas e lembrar esses apaixonantes seres celestiais. Cada um com dimensão e particularidade que, em conjunto, nunca serão esquecidos.
As estrelas a que me refiro ainda não podem ser vistas em Natal a olho nu... A incandescência de um mar de egocêntricos departamentais as faz passarem quase que despercebidas, mas estas estrelas que fazem a turma 2011 do PPGH ainda irão irradiar por muito tempo e por muitos outros lugares. Quero sempre poder ouvir falar de todos e de cada um desses quase-mestres, meus amigos, meus lindos e queridos amigos da história!