quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Em 2011, desejo um besouro pra cada um!


"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi uma pessoa genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que, daqui para adiante vai ser diferente.

(...)

Para você, desejo o sonho realizado,o amor esperado,a esperança renovada. Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar.
Para você neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família seja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida. Gostaria de lhe desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente.
Então, desejo apenas que tenha muitos desejos. Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto rumo a sua felicidade."
(Carlos Drummond de Andrade)

Cada vez que vemos essa esperança aqui [não-industrializada]... temos mais alegria e disposição pra conseguir e continuar.
Com essa foto, podemos encontrá-la sempre!
**risos**


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

E quem disse que eu não vou?


Quando adolescente, passei anos querendo mudar o mundo... E achava que tinha de ir para onde os problemas se radicalizavam. Os problemas era o sofrimento dos povos, e onde eu achava que poderia ajudar a resolver isso seria lá na África, na Ásia... Sonhava em morar na Etiópia, no Congo, em tantos lugares, e fazer benesses por aquelas pessoas que ali estavam. Queria mudar o mundo!!!
Era uma iludida que tinha frustração por achar que morar no meu interior limitava a possibilidade de fazer a diferença na sociedade. Pena que eu nem olhava a minha volta!
 Fui dos sonhos para os movimentos sociais, acreditando que assim estava me preparando para um desafio do outro lado do Atlântico. ‘Sair’ era o caminho para fazer do mundo um lugar melhor. A meta era estar em outro lugar, e esse outro lugar inicial era Natal. Ali, fiz então uma ciência humana, que me trouxe mais maneiras de pensar nas formas de agir na sociedade, me fez conhecer muitos outros sonhadores, que iguais a mim, queriam transformar as coisas.


Foi então que olhei para dentro do meu mundo (Caiçara!) e os outros continentes deixaram o topo das minhas atenções. Quis ‘voltar’!
 Conheci famílias que sofriam com as drogas, com a constância de crianças filhas de outras crianças, com a falta de salubridade, com a falta de respeito. Vi pessoas que tinham sofrimento nos olhos... e ainda assim abraçavam quem parava para visitá-las.  E assim eu sofri, por me achar uma inútil egoísta durante todo aquele tempo em que julgava e pensava em outros países enquanto tão perto assim de mim havia tanta angústia.
Foi aí que decidi: Não quero ir pra lugar nenhum, quero ficar! Meus sonhos audaciosos de acabar com a fome, com o analfabetismo, com a falta de humanidade, diminuíram de proporção, é verdade, mas ainda quero aqui poder trazer um pouco de alívio. Quero que eles saibam que alguém se importa, que alguém quer mudar com eles e que fica feliz de estar aqui.


Nesta quarta-feira (22/12), vi que outros estão sonhando comigo aqui mesmo! Chagas, Cínthia, Carlos, Alfeu... e tantos que se dedicaram em fazer da união entre os programas sociais do Bolsa Família(federal), do Compra direta(estadual) e as estâncias locais da Casa das Famílias e a Emater-RN, resultar na doação de uma cesta natalina para mais de 500 famílias aqui de Caiçara.
Parabéns e desejos de felicidades são pouco para sinalizar o reconhecimento dos esforços dessas pessoas que mostraram tanta dedicação ao bem coletivo... Deus há de olhar por eles! =D
Mas não acabou! Essa foi uma ação pela felicidade dessas famílias que necessitam de alimento, e também de respeito e adquirir sentimento de cidadania.

“E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.”
(R. Russo)


Agora vocês entendem porque eu subo a Serra e por que eu ainda ei de fazer isso por muitos anos... Eu descobri como se pode ser feliz em meio a tantas tristezas... É quando os outros sorriem de volta pra gente!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Feliz em Natal!

Neste último fim de semana reencontrei o amor. Isso pode parecer uma frase dessas piegas que vemos as pessoas apaixonadas dizerem às pencas quando estão muito idiotas para refletirem sobre o que dizem. Não se trata de paixão, nem de idiotice, mas é amor mesmo! Fui parar em Natal, por causa da intimação feita pelos meus amigos-irmãos para a confraternização idealizada desde o feriado da república.
Nem imaginei o que me esperava quando saí de Caiçara. Estava com uma preguiça desmedida... Confesso que pensei em nem ir, mas temi reações hostis e então fui. Tive a maior felicidade dos últimos tempos: Aconteceu, assim de improviso, um encontro das amilgas.
Eu estava lá, ajudando os anfitriões a esperar os outros convidados... tranquilamente sentada vendo um jogo de basquete (porque naquela casa só se vê jogos de basquete!) na companhia de Ju e Paulinha, quando  Dany chegou e Aline veio em seguida. Sem contar com isso, um carro cheinho das melhores pessoas que já estudaram história também chegou e isso fez com que eu ficasse em euforia. Li, Si, Thatá, Dani também estavam ali. =D
Falar sem pensar! Era disso que eu sentia saudades de quando eu morava em Natal, porque com elas eu não tenho que pensar, nem me fazer entender, nem falar eu preciso às vezes, por que falamos a mesma língua com todas as nossas diferenças cada vez mais visíveis. Sem combinar, eu estava com algumas das pessoas que eu amo.
Mas não é só isso! Sabe quando a gente se sente melhor, uma pessoa melhor... é assim que eu fico quando as reencontro. Elas nem precisam fazer muito, nem me visitam, nem eu as visito... ligo raramente e elas raramente me ligam, nos avistamos pouquíssimas vezes no ano e, ainda assim, são importantes na minha vida. Amo as minhas amilgas e sinto que elas me amam também.
E quando olhei em volta, não eram mais apenas amilgas que estavam ali... Tinham também os meninos, Irmão, Lu, como que a nossa velha panelinha estivesse bem mais recheada agora, como se fosse um imã de bons corações. Foi um feliz ‘feliz natal’ naquele AP.
E eu só penso em como pode vir a ser o feliz ‘feliz ano novo’ depois disso!!!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Baú de histórias recontáveis

Dezembro há consumo de esperanças e compras para o natal. Tempo de fazer balanços sobre o que foi e o que ainda pode vir a ser... Cuidamos em terminar coisas junto com o calendário oficial, como se isso fizesse alguma lógica, uma obrigatoriedade de respeito aos padrões imposto por uma data. O ciclo da folhinha como ditames do ritmo das pessoas, embora esses dias últimos do ano pareçam ter uma temporalidade particular. Seria o tempo de ser feliz!
Cansei essa semana caminhando pelas idas e vindas em Natal, cuidando da vida da de tantos que me são confiados, do futuro deles, que quase esqueço que há um futuro meu para cuidar... há esperanças e consumos meus para atender!
Meus amigos, aqueles que são também meus, me lembraram quão magnífica é a alegria de relembrar, e por que não dizer ‘monumentalizar’. Neste final de ano, que as coisas são planejadas, sempre com o foco no que há de vir, voltar a determinados lugares animam tanto quando um feriado.
Trabalhei até pagar meus pecados esses dias, mas faria tudo em dobro para ter a satisfação da recompensa de estar com os que me são caros mais vezes. Amilgas, calouros, Irmãum, amigos de Irmãum (que também são meus!), Povo de história, do Setor II, do Rastapé, do Condomínio, e sempre os de Caiçara, mostrando-me que não preciso definir épocas para ser feliz. Até quando lembro desse povo todo, sinto felicidade!
É muito bom está em casa depois de tantos dias longe e de tanto esforço, e mais ainda por tê-los sempre comigo na memória.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

      Enfim, me exponho ao cibermundo de cara lavada... meu primário texto tinha que ser postado numa madrugada quente e abafada (sou mais sincera nas madrugadas!). Ensaio escrever para outros a anos, porém tenho uma crítica justa sobre meus raciocínios, que impediram de falar sobre a minha visão de mim e e a minha visão de vida antes. Aqui, quero abrir mão da auto-crítica e dar lugar à reflexão, ou não!

       Faço, então, deste espaço, a metáfora que me conecta ao mundo e me leva a outros. Mostrar-me, deixa de ser uma mácula de caráter... Cheguei, pois!