– Que ano foi esse,
hein?, perguntaria uma amilga para a outra.
A outra amilga
responderia rapidamente.
– Amilgaaaa! Um ano par!!!
O que você queria?
Só
uma amilga mesmo pra entender e explicar assim simples e rapidamente sobre o
que eu estou falando, sobre as circunstâncias de um ano como este que se finda.
Esse
foi um ano par clássico pra mim, com requintes de melancolia, é verdade! Voltei
pra casa, voltei a dar aulas, voltei a conversar sobre os jogos políticos
caiçarenses [risos], pesquisei, entrevistei, ‘jiboiei’ muito [como é bom está
de volta!], escrevi menos do que eu deveria, me decepcionei, fui decepcionada e
decepcionei [essa parte do ano foi uma m...], fiz amigos em situações
inusitadas (nos portões de um cemitério, por exemplo), reconheci amigos que
agora me são mais queridos do que nunca, e sonhei com dias melhores [isso foi o
que mais fiz nesse ano]. Até sobre direito eleitoral comecei debater, visse?!
Sem
carnaval, sem conviver com os primos, sem Pipa, sem encontrar as amilgas, sem
Halloween, sem conseguir qualificar minha pesquisa, mas com emprego novo, com o
Corinthians campeão da Libertadores e do Mundo... (estudando e trabalhando mais do que fazendo qualquer outra coisa) e com Tyrion Lanister, Arya Stark
e Khall Drogo [suspiro!] como novos habitantes do meu mundo de personagens
favoritos.
Sou
grata pela paz desse ano par, pela tranquilidade que voltei a ter, pelas
alegrias simples só por estar perto das minhas crianças e velhinhos, pelas
conquistas daqueles amo, pela saúde dos meus e pela felicidade geral da nação
que não viu a profecia maia se concretizar.
A
sobrecarga de sentimentos e ocupações foram um agravante para particularizar
como típico ano par esse tal ano de 2012, embora quando se aprende a conviver
com as idas e vindas da vida... e isso se aprende com o tempo... acabamos
tirando os anos pares de letra!!!
Entendam,
anos pares não são anos ruins! Só não são como os ímpares!!!
É
como se fosse uma sina dos anos pares. Eles são amargos, reflexivos, contemplativos,
estagnados, anos que grandes decisões são aguardadas, mas nem sempre tomadas, anos
de preparação, anos de expectativas. Suspeito até que chova menos, no sertão, durante
anos pares.
Alguns
dos anos pares são anos tristes, anos de provações, de sofrimentos mesmo, de
decepções e tudo mais que nos amofine e nos faça ficar “deprê”, mas são anos
que, devido ao tempo que perdemos nos preocupando com coisas que nos angustiam,
é de costume fazer dos anos seguintes (os anos ímpares) ciclos de vida inesquecíveis.
Porque os anos ímpares são, em regra geral, anos inesquecíveis! =) Meu diário que me aguarde, que esse ano que está por vir há de ter muitas histórias pra contar.
Porque os anos ímpares são, em regra geral, anos inesquecíveis! =) Meu diário que me aguarde, que esse ano que está por vir há de ter muitas histórias pra contar.
E
que venha 2013, meu bem... cheio de coisas pra fazer!
*Após longos 6 meses de
silêncio cibernético (ou quase, visto que o muro das lamentações pós-moderno,
também conhecido como facebook, tem dado vazão às minhas inquietações
cotidianas) volto a postar aqui. Espero voltar a fazer desta prática um hábito.
Cheiros.