Oi! :)
Tanta coisa acontece
neste 2015 (um ano ímpar com requintes de crueldade! Rsrsrs). Tenho três ou
quatro textos prontos que ainda vou postar aqui, assim que a ordem inspiradora
me motivar e um considerável intervalo de tempo deixar a lembrança das situações passadas
ficarem menos doídas.
Hoje vou falar de
amanhã. Eu acho que já deu para notar que eu sou uma estudante de histórias, né? Para sempre vou fazer isso e
não me vejo lidando com outra realidade que não envolva a aprendizagem sobre
circunstâncias e vivências humanas (Sou uma humanista assumida!). A curiosidade
diante da realidade social, de todos os tempos, e a vontade de interpretá-la, aqui
e agora, me consomem, por mais que seja nas salas de aulas do Rio dos Ventos que eu deixo de ser somente uma
estudante de histórias para ser também outra coisa... lá eu sou uma professorinha!
Não vou e nem quero
traçar aqui uma reflexão sobre a docência, seus dramas, frustrações de toda
ordem ou sobre suas teorias e métodos, pois este não é o momento para isso (as minhas últimas “jornadas pedagógicas” me saturaram dessas discussões por esses dias
:P).
Eu quero dizer porque gosto mesmos do ambiente escolar, sabe? Gosto do dia-a-dia com aquelas mentes inquietas, de trabalhar
com a possibilidade de me refazer, de me reinventar, de me atualizar interruptamente. Eu sou integrante do ensino público básico (Isso mesmo. SOU, e não
estou!) e acredito que seja aqui que algumas iniciativas podem ser bem significantes para gerar transformações sociais.
Eu fui praticamente criada dentro de uma escola pública “pequenina, miudinha, quase
nada” e tinha como uma diversão, na infância, ajudar Mainha com as ações
dela junto às suas turmas, o que talvez me fez habituar em ter o conhecimento como algo muito
cotidiano. De casa!!!
E, juro, sem a menor
demagogia ou “mimimi politicamente corrreto”, eu gosto de quase toda a
tarefa... de verdade! Eu agradeceria se fossem menos turmas, menos disciplinas
diferentes para ministrar a cada ano, menos burocracia... porém planejar, preparar
e fazer as aulas acontecerem, as avaliações e as cadernetas (exceto pelos pontinhos...
Misericódia, como eu detesto aquele negócio de preencher os pontinhos!!!) são
coisas que eu gosto, quando tenho meios e recursos para
isso, vale destacar.
Já fui sondada sobre o interesse em atuar
junto à outras atividades ou mesmo na rede de ensino particular, mas meio
que esnobei essas outras oportunidades em razão do desafio que tanto me cativa no
locus que hoje ocupo (lembram que eu tenho aquele sonho bobo e juvenil de
querer fazer a diferença no mundo... pois é.).
Ei! Não se apresse em querer entender esta postagem! Eu não sou de
ferro... desisto de tudo isso algumas vezes por ano e chego mesmo a me
perguntar "o quê estou fazendo?" ou "para quê?", visto não ser fácil enfrentar as implicações e limitações que esta lida me submete (o descaso e o desrespeito são
as angústias mas sofridas de aguentar).
Vem então os alentos na vida da professorinha... Aqueles que tanto espero e tanto peço que aconteçam.
Quando as crianças defendem algo que acreditam com argumentos razoáveis, ou ponderam criticamente sobre alguma coisa, ou mesmo quando mencionam as nossas discussões, nossas conversas ou os conceitos que trabalhamos juntos, eles me salvam: Revigora-se em mim os sonhos, as energias e a esperança de que está funcionando, afinal.
Quando as crianças defendem algo que acreditam com argumentos razoáveis, ou ponderam criticamente sobre alguma coisa, ou mesmo quando mencionam as nossas discussões, nossas conversas ou os conceitos que trabalhamos juntos, eles me salvam: Revigora-se em mim os sonhos, as energias e a esperança de que está funcionando, afinal.
Eles são minhas crianças
(todos eles) e eu sou a ‘titia’ deles. “Meus aluninhos queridos do coração” – é
o jeitinho os trato e busco cativá-los para a minha causa (o crescimento
intelectual e reflexivo da comunidade) – são os quase trezentos alunos-desafios anuais
que me ocupam no transcorrer dos dias. Isso eu preciso explicar... na minha cidade, em particular (que
cabe numa foto e todo mundo se conhece), eu penso que seguir pelo caminho do afeto
e da amizade, oferecido àqueles adolescentes e jovens, seja uma maneira menos difícil de dialogar com essa tal Geração
XYZ e sobreviver.
Vish! Estou me dando conta que vou precisar de
outro(s) post(s) para falar tudo que gostaria sobre o que faço na maior parte
da minha vida... mas o eu queria mesmo, por hora, era falar sobre amanhã!
Volta às aulas! Amanhã,
começaremos mais um ano letivo e mais uma vez me peguei dando aulas para o
espelho, revisando o material didático, revendo fotos de atividades realizadas
nos anos anteriores e sonhando que esse ano tudo vai ser diferente... Rsrsrs
(tadinha de mim! Depois de um mês de férias e outro em recesso, acho que só
estou escrevendo esse textinho feliz pela ansiedade e saudade... o vuco-vuco só
começa amanhã, né?)
A bagunça que fiz ao tentar organizar tudo está fora dos padrões, visse?!? Mas o que vale é que eu precisava deixar registrado que estou bem comigo mesma, e muito tranquila diante da profissão que herdei (Mainha me 'empoderou' ao ser o exemplo de mestre e profissional dedicada para mim!!), que embora exagere às vezes no rigor das tarefas, na busca pelo melhor desempenho e na postura de defender a minha causa, continuo sendo salva por aquelas “bênçãos”, que são os meus aluninhos, no meu dia-a-dia.
Ser tachada de chata e 'reclamona', diante da estrutura física de dos recursos que está disponível para realizar minhas pretensões, assim também como alguém exigente, por NUNCA ficar satisfeita com o que o poder público e o sistema educacional em vigor vem vitimando as aquelas crianças, pouco importa...
Um aceno efusivo, um cumprimento carinhoso, ou até envergonhado, um ato de consideração e reconhecimento deles já me motiva em criar e produzir e brigar por eles... Um trabalho caprichado, um caderno organizado, um questionamento relevante já me leva a pensar que valeu todo o resto.
A bagunça que fiz ao tentar organizar tudo está fora dos padrões, visse?!? Mas o que vale é que eu precisava deixar registrado que estou bem comigo mesma, e muito tranquila diante da profissão que herdei (Mainha me 'empoderou' ao ser o exemplo de mestre e profissional dedicada para mim!!), que embora exagere às vezes no rigor das tarefas, na busca pelo melhor desempenho e na postura de defender a minha causa, continuo sendo salva por aquelas “bênçãos”, que são os meus aluninhos, no meu dia-a-dia.
Ser tachada de chata e 'reclamona', diante da estrutura física de dos recursos que está disponível para realizar minhas pretensões, assim também como alguém exigente, por NUNCA ficar satisfeita com o que o poder público e o sistema educacional em vigor vem vitimando as aquelas crianças, pouco importa...
Um aceno efusivo, um cumprimento carinhoso, ou até envergonhado, um ato de consideração e reconhecimento deles já me motiva em criar e produzir e brigar por eles... Um trabalho caprichado, um caderno organizado, um questionamento relevante já me leva a pensar que valeu todo o resto.
#SalvemAProfessorinha
P.S.: Dia desses escrevo
sobre as histórias que as crianças contam, sobre as aventuras passadas nesses 11 anos de sala de aula e sobre
tantas coisas fantásticas que não couberam aqui ainda.