Ao
recomeçar uma rubra e estrelada fase da vida agora, estive nos últimos dias me
desfazendo da fase anterior, porque meus armários, minhas estantes e minha
mente precisava de mais espaço para as novidades. Olhar as coisas ao meu modo,
falar as coisas que eu penso e voltar a ser eu mesma é o que pretendo...
A
faxina nos papeis e na alma me fez rever muitas coisas (meus diários antigos,
minha caixa de relíquias do passado – invento memórias, oras –, e uns textos
feitos a muito tempo, entre as lembranças de quem já fui e as perspectivas de
quem posso ser. Não é um bom texto, como esses outros aí também não são, mas
diz bem sobre como se encara os desafios (e eu sou movida a desafios, visse),
por isso é que é postado aqui e agora. =)
“E lá
vamos nós.
Começar!
Como
uma estrada que não se sabe bem onde vai dar e sequer tenha um coelho para
alegrar a constatação das dúvidas iniciais. Ir para casa? Como? Onde está a sua
casa??? Antes de ir para o depois, queremos explorar cantos e recantos do agora,
pois aqui se vislumbra um pouco do que está no porvir. Seguindo por aí para
aprender, experimentar ou simplesmente observar... A agonia em apreciar o que
está adiante é o que dá gosto ao começo das coisas.
Chamar algo
de ‘novo’ já denota o quê das possibilidades. As descobertas, já na largada do percurso,
implicam em uma reflexão necessária sobre a ideia de ter essa excitada alegria
de viver, que temos nos primários interstícios, conservadas naquelas conjunturas
que o tempo desacelera e a gente se angustia nos saltos, curvas, tropeções,
voos e mergulhos que a vida dá.
Pensar
sobre as inquietas margens que se anunciam, as nuvens e os incríveis sapos que
elas teimam em esculpir (desculpem, mas tenho o hábito de SEMPRE ver sapos nas
formas das nuvens quando paro para pensar na vida!) poderão nos acompanhar no
novo rumo, quando ficar alguns instantes tendo a finura de especular as montanhas,
as árvores e, por que não, as pessoas. A surpresa estará nos olhos de quem vê,
meu bem.
Começamos
a encontrar a felicidade desde agora, só de imaginar a nova estrada, sentindo
o vazio de expectativas e consciente de ser totalmente despreparada para o futuro.
31/12/2010.”
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