quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Toda boa história começa com “era uma vez...”?

E a minha tem de ser diferente???
 Os sonhos, como aqueles produzidos pelos Irmãos Grimm ou pela Walt Disney Company, podem ser calamitosos (ou não!) no imaginário infantil. Aquelas malditas princesas e sua busca por príncipes encantados, ou aqueles dramas enfrentados na forma de perversas madrastas, bruxas ou revoluções, pode também instigar reflexões atrevidas sobre como percorrer caminhos interessantes pela vida e mesmo pela ciência.


Venho desse mundo do Pato Donald! (não gosto do Mickey, além de rato, ele é bonzinho demais). O que posso fazer? Fui criança nos anos 90, lendo HQ’s da Disney (e da Turma da Mônica, antes de me deixarem ler as do Homem-Aranha e dos X-men), ouvindo Sandy & Júnior, e que passava horas assistindo animações na TV, desde os almanaques do Pateta até as mais absurdas astúcias do Gênio do Alladin, além de ter a Branca de Neve e a Alice como grandes companheiras dos primeiros anos de vida.
Pobres de nós, crianças dos anos 90! Mentes enlatadas pelos enlatados desenhos yankes, que se fizeram sonhadoras (ou decepcionadas), curiosas (e algumas vezes frustradas), audazes e aventureiras como seus heróicos ídolos (ou apenas expectadoras da vida). Todas essas crianças dos anos 90, infantilizadas e romantizadas diante daquelas imagens, apesar do tecnomundo de games e brinquedos de outras naturezas... mas que se quer reivindicam para si uma nostálgica e apaixonada saudade desses anos infantes de tranquilidade e felicidade, diferentemente daqueles dos anos 80.
E essa mania atemporal do ‘era uma vez...’? Esse romantismo que persegue até os mais rústicos (os quase-vikings)? Essa visão suspensa no tempo e no espaço que inicia uma narrativa quase sempre fabulosa de moçinhas e bandidos? Essas falas sobre lugares inóspitos ou mágicos que são tão fascinantes que se transformam muitas vezes em nossos refúgios como aconteceu com a Wendy e o Peter?


Oras! A minha narrativa segue esses requisitos. Quando penso nos super-personagens e no cenário de maravilhas e encantamento, no enredo muitas vezes confuso e paradoxal que requer um maior esforço para ter um feliz desenlace... Quando avalio uma história de paixões pelo território, pelos próximos e pelo poder, cujos atos devem ser considerados enquanto que encaixados como se faz a um quebra-cabeça de 1001 peças... Assim, fazem contos-de-fadas... Por que assim também não se faz história?  
As princesas e os astutos, a irreverência e o lugar incrível, o pó-de-fadas e o gato-de-botas? Bem, estes podem não estar em meus escritos, mas sempre em minhas lembranças.
Então, como pode??? Como vou ter certeza que eles não povoarão meus artigos e capítulos se fazem parte de toda a minha vida???
Vixe Maria! Vou contar uma história a partir das lembranças, das imagens e dos espaços construídos e recontados; vou contar uma história que foi editada e reeditada diversas vezes na memória de algumas pessoas, tal qual fez os Studios Disney com os clássicos contos infantis do reino do ‘era uma vez...’, e não poderei ter a certeza que fabulosos seres não estarão comigo.


[Porque eu acredito em fadas! Acredito, acredito!]



  Se for assim, preciso pedir cautela ao meu querido e amado orientador, cautelosos também devem ser os integrantes da banca de avaliação e os meus queridos pares da Academia... Não surpreenderia narrar sobre países extraordinários, espertos dragões ou papagaios cheios de ganância, caixas-fortes gigantes, castelos e cavernas, reis, rainhas e suricates. Aliás, influentes crianças que não querem crescer, ou aqueles que amam o que é desconhecido (e encantado), podem muito bem estar figurando enquanto eu falar sobre o admirável mundo de Caiçara do Rio dos Ventos.
Vamos à história?

Era uma vez, um rio grande do norte...



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